A Campanha da Aliança Negra é um conflito que vem ocorrendo atualmente em todo o continente de Lamnor e no sul do continente de Ramnor. Trata-se da campanha militar de conquista empreendida pela Aliança Negra dos Goblinóides, liderada por Thwor Ironfist, para tomar os territórios de todas as outras raças humanas e semi-humanas do mundo de Arton.
Origens do Conflito[]
As origens da Aliança Negra e sua campanha remontam às origens de seu general, Thwor Ironfist. Nascido em uma tribo de bugbears em Lamnor durante a passagem de um eclipse, ele é o líder profetizado pela sua raça para tingir os campos humanos de sangue. Thwor percebeu que os humanos eram fracos e dispersivos, perdidos em suas próprias preocupações comerciais e intrigas políticas. Se ele conseguisse unir as tribos goblinóides em um único objetivo, então não haveria exército humano que pudesse detê-lo[2].
O primeiro alvo de Thwor foi a pequena vila de Farddenn. Negociou com os chefes de duas tribos goblinóides próximas à vila na tentativa de organizar um ataque simultâneo, mas falhou. Sabendo que argumentar não seria a chave, Thwor matou os dois líderes e proclamou sua liderança dali em diante, anunciando-se como o enviado de Ragnar para a ascensão dos goblinóides [2].
O terror e o discurso inflamado de Thwor levaram as duas tribos a se unir a ele, criando a semente da Aliança Negra. A força de ambas atacou Farddenn em uma onda devastadora, saqueando e incendiando casas e devorando homens, mulheres e crianças. E o líder prosseguiu com seu discurso. Quando a palavra não era suficiente, seu exército eliminava os descontentes. Outras tribos procuravam e se uniam voluntariamente ao grande líder, e a estratégia de intimidação de Thwor atraía cada vez mais simpatizantes[2]. Foi nessa época que Gaardalok, sumo-sacerdote de Ragnar, surgiu e ofereceu-se como conselheiro e braço direito do general, que aproveitou-se de sua presença - e foi aproveitado por ele também[3].
A Adesão dos Hobgoblins[]
Thwor e seus exércitos conquistaram quase toda Lamnor - mas até aí, suas forças haviam ocupado, destruído e saqueado apenas vilas e povoados. Agora eram maiores as cidades em seu caminho, e sua fama já as havia alcançado. A cidade fortificada de Remnora foi seu primeiro obstáculo - e ainda tinha o problema da presença massiva de hobgoblins na área, empenhados em sua guerra contra Lenórienn. A única saída para os bugbears seria o uso de estratégia militar e máquinas de guerra sofisticadas[2].
O comandante recuou seus exércitos presentes em Remnora e rumou com um terço de suas tropas até uma área de conflito entre elfos e hobgoblins. Ele sabia que o único modo de resolver seu impasse era unir as duas forças. Para isso, através de um plano intrincado, ele invadiu a nação élfica de Lenórienn e sequestrou sua princesa, Tanya, oferecendo-a ao líder dos hobgoblins em troca de seu apoio e do uso de suas máquinas de guerra na batalha de Remnora e nas conquistas seguintes. Estava formada a Aliança Negra[2].
A Pilhagem de Lamnor[]
A primeira vítima da Aliança Negra foi Lenórienn. Unindo pela primeira vez a força dos dois exércitos, Thwor massacrou os elfos, encerrando em poucos meses uma guerra que já durava séculos. Na última batalha, a própria Glórienn, Deusa dos Elfos, desceu em forma de avatar para proteger seu povo, lutando pessoalmente contra Thwor - e perdendo[4]. A cabeça do regente Khinlanas foi erguida no centro da cidade como um estandarte da vitória e a área foi rebatizada como Rarnaakk e entregue aos hobgoblins como parte do acordo com Thwor [2].
A fortificada Remnora também não tardou a tombar de joelhos frente ao poderio do exército macabro. Com o tempo todas as tribos hobgoblins e bugbears de Lamnor seguiam Thwor. A Aliança crescia mais e mais - não demorou para que também os goblins e outras raças humanóides, como orcs e ogros, percebessem as vantagens de pertencer à Aliança Negra. O exército deixava em seu caminho um rastro de morte e destruição sem precedentes[2].
O continente-sul foi totalmente conquistado. Muito foi destruído, desde os vilarejos de Fenn até a gloriosa cidade dourada de Nhardmaren[2]. Sob a influência de Gaardalok, antigos templos de outros deuses foram transformados em locais de adoração de Ragnar. Antigamente ignorado pelo restante do Panteão, hoje em dia o poder de Ragnar é tão grande que a própria estrutura dos templos tomados é corrompida: igrejas de mármore branco hoje mostram-se enegrecidas[3].
À sua frente, a Aliança Negra tinha agora apenas Khalifor, a porta de entrada para Ramnor. Acreditava-se que se Khalifor caísse, ninguém poderia impedir Thwor e sua Aliança Negra de conquistar todo o mundo conhecido[2].
Khalifor - a Última Barreira[]
Após dizimar todos os reinos importantes de Lamnor (e muito mais, praticamente erradicando o culto de Lena no continente, por exemplo), o exército de Thwor se deteve ante uma poderosa cidade-fortaleza. Khalifor ficava no ponto mais estreito do Istmo de Hangpharstyth - a ponte de terra que liga Lamnor a Ramnor. A posição geográfica e o terreno acidentado tornaram difícil o avanço de um grande exército, e a Aliança refreou sua marcha durante um longo período[2]. Vários grupos avançados e patrulhas foram lançadas ao norte, e diversos acampamentos foram montados ao sul de Khalifor, enquanto o sumo-sacerdote Gaardalok se encarregou de bloquear quaisquer tentativas de espionagem mágica[5].
Thwor deu então início a seu grande plano para conquistar a cidade-fortaleza. Partindo de projetos roubados de Lorde Niebling, o gnomo, deu início à construção de uma avassaladora máquina de guerra (a Carruagem de Ragnar) em um gigantesco acampamento ao sul de Khalifor, chamado Teer Challack. O trabalho de projeção e construção da máquina (desempenhados por seus engenheiros hobgoblins e trabalhadores orcs), além da construção de um gigantesco túnel subterrâneo que a levasse em segredo até as proximidades da cidade-fortaleza, foram demorados e sofreram com atrasos, mas foram concluídos[6].
Os regentes de Khalifor tentaram, em vão, conseguir ajuda do Reinado - os conselheiros de guerra de Balek III, regente de Tyrondir (o reino imediatamente ao norte de Khalifor), prontamente recusaram o envio de reforços. Rumores afirmam até que os regentes tentaram um acordo com a Aliança Negra, permitindo-a passar em paz, mas falharam[2]. Eles também enviaram aventureiros para se infiltrar e descobrir os planos de Ironfist, mas nem a posse desses planos foi suficiente para salvar a cidade[6]. Após algum tempo, Khalifor caiu ante a Carruagem de Ragnar, e agora a Aliança Negra está às portas do Reinado, tendo Tyrondir a sua frente[4].
Situação Atual[]
Atualmente, a Aliança Negra está estacionada em Khalifor - agora rebatizada com o nome de Ragnarkhorrangor. Espera-se que os regentes de Deheon encontrem uma solução para sua ameaça. O Príncipe Mitkov, de Yuden, afirma possuir um plano para acabar com a Aliança mas, em troca desta tal estratégia, ele exige a coroa do Reinado para si[7][8].
Entre os problemas enfrentados pela horda, rumores falam sobre um grupo de elfos sobreviventes de Lenórienn que está reunindo outros sobreviventes para formar uma pequena comunidade no extremo sul de Lamnor, pretendendo começar uma rebelião contra os goblinóides e retomar seus lares - assim como os servos de Glórienn no norte buscam reunir forças para um dia, no futuro, buscar vingança. Os druidas de Allihanna também travam duras batalhas para proteger as florestas contra a Aliança[9]. Além disso, os geógrafos da corte de Valkaria especulam sobre uma área de Tormenta formada no sul de Lamnor que estaria forçando os goblinóides para o norte[2]. Na verdade, os contatos entre os goblinóides e os demônios da Tormenta foram raros, e nenhum goblinóide sobreviveu a eles[9].
Muitos se perguntam o por que de grandes heróis como Talude e Vectorius não fazem nada a respeito de Thwor Ironfist e seus asseclas, mas a verdade é que o general não é um bugbear comum - sua chegada foi arquitetada pelos deuses, e não pode ser detida até que a profecia que a previu se cumpra. Ataques frontais a Thwor dificilmente resultarão em sucesso, uma vez que até que isso aconteça ele é virtualmente imortal[2].
Os estudiosos sabem que a única solução é decifrar a misteriosa profecia. A primeira parte prevê seu nascimento e conquistas; a segunda, sua queda e morte. Muito já foi teorizado sobre o que é realmente a "flecha de fogo" mencionada no texto. Muitos acham que se trata de um item mágico, outros acreditam que a explicação é mais indireta e a flecha é apenas uma metáfora. Por via das dúvidas, grupos de aventureiros têm sido enviados por toda Arton para investigar qualquer rumor sobre ela[2]. Por sua truculência e avidez em espalhar a destruição, muitos pensam que a Aliança Negra é na verdade um estratagema de Keenn, e não de Ragnar[3].
Notas e Referências[]
- ↑ 1,0 1,1 Linha do Tempo de Arton (site)
- ↑ 2,00 2,01 2,02 2,03 2,04 2,05 2,06 2,07 2,08 2,09 2,10 2,11 2,12 2,13 Tormenta - 1ª Edição
- ↑ 3,0 3,1 3,2 O Panteão - 1ª Edição
- ↑ 4,0 4,1 Lendas (artigo)
- ↑ Dragão Brasil 57
- ↑ 6,0 6,1 Dragão Brasil 58
- ↑ Reinos (artigo)
- ↑ Exército de Yuden (artigo)
- ↑ 9,0 9,1 Holy Avenger 01